Existem muitas formas de reivindicar algo que está
errado atualmente. Denunciar algo nas redes sociais talvez seja a forma que
mais cresce atualmente. Uma pessoa publica algo polêmico em suas contas nas
redes sociais e nem percebe que está criando uma manifestação virtual, que logo
se espalha por toda uma comunidade.
O que tem de mais curioso nessa “nova forma de
revolucionar” é que traz ótimos resultados. As redes sociais podem auxiliar num
levante social, seja de pequena ou grande escala, pois possibilita aos
revoltosos se organizarem em um grupo e facilita a comunicação entre seus
membros. A velocidade com que a reivindicação se espalha na rede é outro ponto
positivo para esses movimentos.
Na última década, com o advento das redes sociais,
esse tipo de manifestação vem se tornando cada vez mais comum. A Primavera
Árabe, movimento que derrubou regimes totalitários no Oriente Médio e que teve
início em 2010, foi organizado nas redes sociais, em que os manifestantes
organizavam-se e divulgavam os resultados para o resto do mundo e obteve
excelentes resultados.
Seguindo o modelo de revolução da Primavera Árabe,
na Espanha, em 2011, surge o Movimento dos Indignados, que denunciou a
desigualdade social no país. Os rebeldes tinham as redes sociais como ponto de
encontro, principalmente o twitter, onde eles criavam hashtags para chamar a
atenção dos governantes espanhóis.
Outro movimento desse tipo que merece destaque
aconteceu também em 2011 nos Estados Unidos: o “Occupy Wall Street”. Essa
rebelião, antes de ir para as ruas, foi moldada nas redes sociais, que definia
onde os rebeldes iam se encontrar para reivindicar.
Apesar das inegáveis contribuições positivas que as
redes sociais deram para esses movimentos, há pessoas que afirmam que elas não
tem poder para contribuir num levante social. Entre essas pessoas estão os
estudiosos Juan Freire e Adam Greenfield, que defendem a ideia de que as redes
sociais foram a pior invenção na Internet e que afastam as pessoas umas das
outras. Se as redes sociais afastam as pessoas, não há como uni-las num
movimento.
Tendo em vista as Revoluções citadas acima, podemos
afirmar que as redes sociais são ferramentas que podem ajudar numa revolução
popular e que as ideias de Freire e Greenfield estão equivocadas, pois por meio
das redes sociais, pessoas que nem se conheciam uniram-se em beneficio de um
bem maior.
O uso das redes sociais é eficaz na reivindicação de
algo e ajuda na organização de movimentos populares. Embora elas não tenham
provocado uma revolução em si, deram aos protestos velocidade suficiente para o
alcance de seus objetivos.
Rafael Novelo, acadêmico do curso de Letras da UTFPR campus Pato Branco.
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