Pão ou pães... é questão de opiniães!


quarta-feira, 22 de maio de 2013

UMA NOVA MANEIRA DE REVOLUCIONAR





Existem muitas formas de reivindicar algo que está errado atualmente. Denunciar algo nas redes sociais talvez seja a forma que mais cresce atualmente. Uma pessoa publica algo polêmico em suas contas nas redes sociais e nem percebe que está criando uma manifestação virtual, que logo se espalha por toda uma comunidade.

O que tem de mais curioso nessa “nova forma de revolucionar” é que traz ótimos resultados. As redes sociais podem auxiliar num levante social, seja de pequena ou grande escala, pois possibilita aos revoltosos se organizarem em um grupo e facilita a comunicação entre seus membros. A velocidade com que a reivindicação se espalha na rede é outro ponto positivo para esses movimentos.

Na última década, com o advento das redes sociais, esse tipo de manifestação vem se tornando cada vez mais comum. A Primavera Árabe, movimento que derrubou regimes totalitários no Oriente Médio e que teve início em 2010, foi organizado nas redes sociais, em que os manifestantes organizavam-se e divulgavam os resultados para o resto do mundo e obteve excelentes resultados.

Seguindo o modelo de revolução da Primavera Árabe, na Espanha, em 2011, surge o Movimento dos Indignados, que denunciou a desigualdade social no país. Os rebeldes tinham as redes sociais como ponto de encontro, principalmente o twitter, onde eles criavam hashtags para chamar a atenção dos governantes espanhóis.

Outro movimento desse tipo que merece destaque aconteceu também em 2011 nos Estados Unidos: o “Occupy Wall Street”. Essa rebelião, antes de ir para as ruas, foi moldada nas redes sociais, que definia onde os rebeldes iam se encontrar para reivindicar.

Apesar das inegáveis contribuições positivas que as redes sociais deram para esses movimentos, há pessoas que afirmam que elas não tem poder para contribuir num levante social. Entre essas pessoas estão os estudiosos Juan Freire e Adam Greenfield, que defendem a ideia de que as redes sociais foram a pior invenção na Internet e que afastam as pessoas umas das outras. Se as redes sociais afastam as pessoas, não há como uni-las num movimento.

Tendo em vista as Revoluções citadas acima, podemos afirmar que as redes sociais são ferramentas que podem ajudar numa revolução popular e que as ideias de Freire e Greenfield estão equivocadas, pois por meio das redes sociais, pessoas que nem se conheciam uniram-se em beneficio de um bem maior.

O uso das redes sociais é eficaz na reivindicação de algo e ajuda na organização de movimentos populares. Embora elas não tenham provocado uma revolução em si, deram aos protestos velocidade suficiente para o alcance de seus objetivos.

Rafael Novelo, acadêmico do curso de Letras da UTFPR campus Pato Branco.

Nenhum comentário:

Postar um comentário