Pão ou pães... é questão de opiniães!


sexta-feira, 7 de junho de 2013

UMA NOVA VISÃO




O que você procura quando escolhe um local para você e sua família viver? Tranquilidade, qualidade de vida, um local saudável para criar seus filhos? Não indicarei o melhor bairro ou cidade, mas falarei sobre os benefícios de morar no campo, um local que pode reunir todas essas qualidades.

Sempre observei a reação das pessoas quando digo que moro no campo. Percebi como a visão da maioria sobre como é a vida no campo está ultrapassadas, meu objetivo é apresentar as evoluções que chegaram ao campo tornando-o um lugar tão atrativo quanto a cidade.

Acordar em um ambiente sem barulho, com ar limpo e sem precisar passar horas no trânsito ou viver com medo de ser vítima de assaltos é o sonho de muitas pessoas, e isso podem ser encontradas quando se vive no campo. Outro sonho de muitos brasileiros é ser um trabalhador autônomo, outra característica que encontramos quando optamos por uma vida no campo.

Outro fator determinante para um local tornar-se uma boa opção para viver é as condições financeiras que o lugar oferece. Mas analisando os dados comercias do e percebemos que o campo não fica para trás em questões econômicas, pois é responsável por mais de 22% do Produto Interno Bruto brasileiro segundo o ministério da agricultura, e com previsão de aumento, ou seja, a renda dos agricultores tende a crescer cada vez mais. Se compararmos as estimativas de crescimento entre a agricultura e a indústria, observaremos mais um ponto positivo para a agricultura, pois a taxa de crescimento das indústrias  fechou o ano de 2012 com uma queda de 2,5% segundo o IBGE.

Claro que como diz o ditado “nem tudo são flores”. Viver no campo tem seus empecilhos, como falta de um salário fixo, a distância dos pontos comerciais e de lazer,  menor acesso às tecnologias, mas esses podem ser contornados e amenizados.

Podemos observar o crescente uso da tecnologia em uma agricultura de precisão, o trabalho no campo tornou-se menos danoso à saúde, pois o trabalho realizado antes pelas mãos humanas passou a ser realizados por máquinas. A tecnologia invade também as residências rurais com telefone e internet, além de TV é radio. Segundo pesquisa do Ministério das Comunicações o número de domicílios na zona rural com acesso a internet cresceu 66% de 2011 para 2012, ou seja aconteceu um grande avanço que tende a melhorias ano após ano.

E verdade que a distância de pontos comerciais e de lazer acaba por tornar o campo um lugar menos atrativo, há necessidade de se chegar a grandes e pequenos centros é indispensável, mas com o crescente investimento em rodovias e ferrovias; mais de 133 bilhões até 2018 segundo o governo federal, além do maior poder aquisitivo dos agricultores, como foi citado acima, podendo assim comprar um carro, e ainda o crescimento das pequenas e médias cidades acabam por suprir as necessidades de lazer e de bens de consumo, pois não é mais necessário fazer longos trajetos até capitais ou cidades mais industrializadas para compra de uma TV a um carro.

A falta de um salário fixo e garantido e a incerteza dos futuros resultados da produção, foi e é um fator determinante do êxodo rural, pois em período de crise, a decisão de vender a terra e mudar-se para a cidade corresponde a 8.3% em famílias de base agrária segundo a pesquisa realizada AFDLP- CNPq/UFPel/UFRGS, 2003. Porém um gradativo e forte aumento nas ações governamentais vem mudando a realidade das famílias agrícolas, por meio de programas de como PROAGRO uma espécie de seguro contra os efeitos climáticos da produção, aonde o governo cobre uma parcela ou o total (dependendo da perda na produção de cada ano em questão) do custo da produção. O Proagro foi criado pela Lei 5.969/1973. Este é apenas um dentre vários programas, como subsídios na compra de maquinas e construção de casas no campo, isso pode ser considerado como incentivo por parte do governo para a melhoria da qualidade de viva no campo e aumentar a produção agrícola que é tão importante para nosso país.

O objetivo desse texto não é dizer que viver no campo é melhor do que viver na cidade ou vice-versa, mas sim apresentar as vantagens de viver no campo, deixar de ver  a vida no campo como algo quase medieval, arcaico, mas sim como uma vida estável e saudável, um lugar que pode oferecer tanto conforto quanto um centro urbano.    

 Solange Ariati, acadêmica do curso de Letras-Português/Inglês da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) campus Pato Branco.

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