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sexta-feira, 7 de junho de 2013

O ABANDONO DE ANIMAIS DOMÉSTICOS



Os animais domésticos precisam de cuidados que, geralmente, só o seu dono pode dar. Quando alguém se decide por obtê-los, deve ter em mente todas as suas necessidades, bem como seus possíveis prejuízos. Adotá-los ou adquiri-los exige responsabilidades, as quais muitos parecem desconhecer. Nesses casos, a maioria das pessoas opta por abandoná-los, como se essa fosse a única e melhor solução para o problema.

Ter um animal de estimação, hoje, custa caro, requer espaço e tempo. Entretanto, muitas pessoas que não têm essas noções básicas, acabam adquirindo-os e, rapidamente, por um motivo ou por outro querem se desfazer do animal. Como veremos adiante, renunciar aos pobres indefesos é um ato cruel, o qual só acarretará em problemas para a cidade, sociedade e, principalmente, para o bichinho.

O abandono de animais é ilegal. Mesmo assim, o número de pessoas que violam a lei é ascendente. Segundo a Lei Federal 9.605/98, artigo 32, é considerado crime “praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos”. Enquadra-se como maus-tratos a prática do abandono. Portanto, se a própria Constituição condena o ato, é porque, de fato, a prática não condiz com a conduta de um bom cidadão.

Conforme a Revista Veja, em janeiro de 2010, o número de cães e gatos entregues à própria sorte aumenta ainda mais entre os meses de dezembro à fevereiro - meses em que muitos viajam e acabam abandonando seus bichos de estimação. Nessa época, há uma superlotação de animais pelas ruas, gerando assim, transtornos aos municípios, visto que, a partir de então, serão eles os responsáveis pelo animal. Para a saúde pública, também torna-se um problema, pois, ao ficarem vagando pelas ruas, muitos deles acabam contraindo doenças e, consequentemente, transmitindo-as. Logo, abandoná-los também significa prejuízos aos cofres públicos, de modo que, o dinheiro que poderia ser usado na educação, cultura ou lazer deverá ser usado para regularizar a situação. Além disso, acaba pondo nossa saúde em risco.

Como o ser humano, os animais também sentem fome, sede e frio. Engana-se quem pensa que eles podem conseguir sobreviver sozinhos. Abandoná-los é um ato de crueldade, pois, além de ficarem sem rumo, ficam suscetíveis a doenças e acidentes. O lado psicológico também fica abalado, pois perdem o seu ponto de referência que, antes, era o dono: ficam sem saber o que fazer, onde ir, o que comer e onde beber. Também ficam expostos a pessoas mal-intencionadas, que muitas vezes os violentam brutalmente. Geralmente, nesses casos os cães acabam entrando em depressão e morrem.

São diversas as desculpas para tentar justificar tamanha frieza. Entre as principais, estão a falta de espaço, sujeira na casa e os gastos financeiros. No entanto, por mais que tudo isso seja verdade, existem maneiras mais convenientes de resolver o problema, como colocá-los num abrigo de animais, anunciar doação em jornais e sites específicos, bem como oferecê-los a amigos e parentes. São medidas simples que, à princípio, parecem lógicas, mas que nem sempre são tomadas. Como diz o pertinente ditado: “Não se pode matar o cachorro para acabar com as pulgas”.

Levando-se em consideração os aspectos mencionados, nota-se que é preciso analisar várias circunstâncias antes de comprar ou adotar um animal, visto que se trata de um ser com o qual passar-se-á muitos anos e que este requer cuidados, proteção e, sobretudo, amor. Como já foi dito, deixá-los pelas ruas não é a melhor escolha. Pequenas atitudes podem mudar a vida não só de um animal, mas de uma sociedade.

Thaís Aline Marchiori, acadêmica do curso de Letras da UTFPR campus Pato Branco.

3 comentários:

  1. Gostei muito. Bem importante este texto para conscientizar a sociedade e essas pessoas cruéis que tem a "capacidade" de fazer tamanha maldade com os animais que, por sinal, são seres maravilhosos.
    Parabéns pelo seu texto!

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  2. Gostei da sua escolha Thaís. O abandono de animais de estimação é realmente algo que apesar da suposta evolução da sociedade, infelizmente cresce cada vez mais. É um ato revoltante e que merece uma atenção especial, talvez que se façam mais campanhas de conscientização voltadas à esse assunto.

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