No Brasil, a
escravidão teve início com a produção de açúcar na primeira metade do século
XVI. Os portugueses traziam os negros africanos de suas colônias na África para
utilizá-los como mão-de-obra escrava nos engenhos de açúcar do Nordeste, explorando-os
como se fossem mercadorias. Depois de muita luta, os escravos finalmente
conseguiram a liberdade. No entanto, muitas pessoas desvalorizam essa luta e
persistem com a discriminação contra os afrodescendentes o que indica que o
preconceito racial ainda existe, e isso é inaceitável.
Segundo o
portal notícias UOL, na retrospectiva de 2008, a escolha dos americanos para presidente
da república gerou polêmica pelo fato de o eleito ser negro. Isso mostra que o
preconceito ainda existe nos dias atuais, pois, se a sociedade estivesse
realmente liberta de todo o preconceito, essa escolha jamais causaria tanto
impacto.
Outra prova
de que o racismo ainda existe é uma matéria publicada pela BBC Brasil referente
a uma pesquisa na qual foram analisadas mais de 11 mil edições de jornais e
revistas entre 1808 e 2015, que demonstra que o racismo no país é constante. “A
noção que o Brasil é um pais hospitaleiro, onde todos os imigrantes são
bem-vindos, não passa de um mito”, disse o pesquisador Gustavo Barreto,
responsável pela pesquisa. Muitas vezes, os imigrantes não são bem tratados, como
é o caso dos haitianos que vieram para cá e que sofrem preconceito por serem
negros, por exemplo, no ambiente de trabalho onde são acusados de roubar as
vagas de emprego das pessoas que já moravam aqui.
De acordo
com o professor Wagner Lucas, a abertura cinematográfica em Hollywood para
personagens negros não significa que não haja mais racismo. As pessoas acreditam
que o fato de eles estarem nos filmes é o fim da imagem do branco como superior,
mas os negros apenas estão em evidência por existirem personagens negros e não
porque são símbolos de novos tempos. A indústria cinematográfica é um reflexo
da sociedade que dá lugar para negros simplesmente por necessidade e não porque
eles possuem algum potencial. Na mídia o negro é retratado na maioria das vezes
com a mesma imagem, socialmente carente, trabalhador braçal, malandro ou
atleta.
Apesar de tudo, no livro “Não somos racistas”, publicado em 2006 pela
Nova Fronteira, Ali Kamel, jornalista da Globo, garante que não há
discriminação racial no Brasil e que todos vivem em harmonia. No entanto, essa
afirmação é egoísta e vai contra realidade brasileira. Além disso, segundo
pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) feita em 501 escolas públicas de
todo o país, baseada em entrevistas com mais de 18,5 mil alunos, pais e mães,
diretores, professores e funcionários 99,3% de pessoas apresentam
comportamentos preconceituosos em ambiente escolar e desses, 94,2% tem
preconceito étnico-racial, o que não é uma mera coincidência.
Portanto, diante
de tudo que foi exposto, nota-se que o preconceito racial sobrevive na
sociedade. Pode-se constatar que os imigrantes ainda são tratados com
discriminação, há polêmica quando algum negro recebe um papel de destaque ou
quando aparece na mídia. É necessário que perceba-se que, enquanto a cor da
pele tiver mais importância que a dignidade, a sociedade continuará atrasada e
com retrocesso no seu desenvolvimento. Logo, os negros devem ser tratados como
qualquer tipo de pessoa, um branco tem tanto valor quanto um negro.
Alessandra, aluna do segundo ano do Ensino Médio do Colégio Estadual La Salle, na cidade de Pato Branco - Paraná, no ano de 2015.
Alessandra, aluna do segundo ano do Ensino Médio do Colégio Estadual La Salle, na cidade de Pato Branco - Paraná, no ano de 2015.
Nenhum comentário:
Postar um comentário