Um tema que gera grande polêmica no Brasil é
o das cotas raciais, que visam a reserva de vagas para determinados
grupos. O motivo desse sistema ser
implantado está ligado com a procura da igualdade de oportunidade no ingresso
em uma universidade. No entanto, as cotas aumentam ainda mais a exclusão dos
negros, entre outros grupos sociais. Com as cotas raciais o próprio governo
está dando a entender que a cor da pele influencia a capacidade de aprendizagem
dos estudantes.
Para
tanto, o artigo 7 da Declaração Universal dos Direitos Humanos afirma que todos
são iguais perante a lei. Então, não existem motivos para haver o privilégio
para alguns pelo motivo de ser negro. A Universidade de São Paulo (USP), que é
uma das maiores do Brasil, se recusa a aderir ao sistema de cotas pois defende
que os alunos devem ter o mérito de entrar na universidade por nota, mostrando
que tem conhecimento, na chamada “meritocracia”.
Além
disso, Renato Janine Ribeiro, ministro da Educação do Brasil no período entre
abril e setembro de 2015 aponta, em entrevista concebida para o site G1 que o
sistema de cotas só será necessário enquanto houver racismo. Até uma
autoridade, como é Renato, reconhece a diferenciação que as cotas pregam, e
esta ai mais uma evidência clara de que o objetivo das cotas não abrange todos
igualmente, e sim uma determinada classe que no caso vem se referir aos negros.
Nessa
perspectiva, Rodrigo Constantino que escreve regularmente para jornais como
“Valor Econômico" e "O Globo", considera que um sistema que adota cotas raciais age
como um “Tribunal Racial’’, fomentando o racismo. Percebe-se assim, que
é grande a quantidade de pessoas que mostram-se contra esse tipo de sistema
pois o consideram uma forma de segregação. Um exemplo claro disso foi o
ocorrido com os alunos Alex Teixeira da Cunha e seu irmão gêmeo idêntico Alan
Teixeira da Cunha. Alan foi considerado negro no sistema de cotas diferente de
seu irmão não aceito no procedimento. O caso aconteceu no processo seletivo da
UNB (Universidade de Brasília), no ano de 2007.
No entanto, a maioria dos
usuários desse benefício defendem as cotas, pois elas ajudam a diversificação
dos alunos na sala de aula. Contudo, não é o que se observa, por exemplo,
na
UNB, em sua maioria ocupada por brancos, sendo umas das universidades que
aderem o sistema de cotas por meio do SISU (Sistema de Seleção Unificada). Isso
deixa comprovado que não há diversificação com a cor da pele, mesmo em uma
universidade que adere as cotas.
Alessandro Atz, aluno do segundo ano do Ensino Médio do Colégio Estadual La Salle, na cidade de Pato Branco - Paraná, no ano de 2015.

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