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quarta-feira, 13 de julho de 2016

COTAS: RACISMO MASCARADO

         


          Um tema que gera grande polêmica no Brasil é o das cotas raciais, que visam a reserva de vagas para determinados grupos.  O motivo desse sistema ser implantado está ligado com a procura da igualdade de oportunidade no ingresso em uma universidade. No entanto, as cotas aumentam ainda mais a exclusão dos negros, entre outros grupos sociais. Com as cotas raciais o próprio governo está dando a entender que a cor da pele influencia a capacidade de aprendizagem dos estudantes.
            Para tanto, o artigo 7 da Declaração Universal dos Direitos Humanos afirma que todos são iguais perante a lei. Então, não existem motivos para haver o privilégio para alguns pelo motivo de ser negro. A Universidade de São Paulo (USP), que é uma das maiores do Brasil, se recusa a aderir ao sistema de cotas pois defende que os alunos devem ter o mérito de entrar na universidade por nota, mostrando que tem conhecimento, na chamada “meritocracia”.
            Além disso, Renato Janine Ribeiro, ministro da Educação do Brasil no período entre abril e setembro de 2015 aponta, em entrevista concebida para o site G1 que o sistema de cotas só será necessário enquanto houver racismo. Até uma autoridade, como é Renato, reconhece a diferenciação que as cotas pregam, e esta ai mais uma evidência clara de que o objetivo das cotas não abrange todos igualmente, e sim uma determinada classe que no caso vem se referir aos negros.
            Nessa perspectiva, Rodrigo Constantino que escreve regularmente para jornais como “Valor Econômico" e "O Globo", considera que um sistema que adota cotas raciais age como um “Tribunal Racial’’, fomentando o racismo. Percebe-se assim, que é grande a quantidade de pessoas que mostram-se contra esse tipo de sistema pois o consideram uma forma de segregação. Um exemplo claro disso foi o ocorrido com os alunos Alex Teixeira da Cunha e seu irmão gêmeo idêntico Alan Teixeira da Cunha. Alan foi considerado negro no sistema de cotas diferente de seu irmão não aceito no procedimento. O caso aconteceu no processo seletivo da UNB (Universidade de Brasília), no ano de 2007.

No entanto, a maioria dos usuários desse benefício defendem as cotas, pois elas ajudam a diversificação dos alunos na sala de aula. Contudo, não é o que se observa, por exemplo, na UNB, em sua maioria ocupada por brancos, sendo umas das universidades que aderem o sistema de cotas por meio do SISU (Sistema de Seleção Unificada). Isso deixa comprovado que não há diversificação com a cor da pele, mesmo em uma universidade que adere as cotas.

Alessandro Atz, aluno do segundo ano do Ensino Médio do Colégio Estadual La Salle, na cidade de  Pato Branco - Paraná, no ano de 2015.

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