O simples ato de
ler possui importância valiosa para a cultura do adolescente, entendendo-se a
cultura como a forma com que a pessoa irá enxergar o mundo, se expressar e
modificar seu ambiente. Por vezes, muitos jovens em fase pré-vestibular são
incitados à leitura de livros literários, considerados de grande valor para seu
futuro acadêmico, sendo que os mesmos, em sua maioria, realizam essa esperada
tarefa enxergando-a como obrigatoriedade para os estudos. Já quando se refere
aos tão famosos best-sellers, lê-los
torna-se uma prática fácil, envolvente e sedutora do começo ao fim, o que acaba
tornando-os uns dos mais procurados pelos alunos.
De fato, os cânones, mais comuns aos vestibulandos, são obras fantásticas, auxiliam no vocabulário, escrita e em tantas outras coisas que modificam ideias e pensamentos, não esquecendo que são necessários no “acervo” dos jovens para o futuro. Entretanto, a literatura de massa pode ser considerada tão boa quanto, levando-se em consideração que esta é bem visada pelos “iniciantes” quando decidem que tipo de obra ler; que os estimula a começar e terminar um livro que, por vezes, pode ter mais de 200 páginas, e outros motivos como os já citados anteriormente.
Pensando nos livros, por exemplo, dos autores Sidney Sheldon, J. K. Rowling e Stephenie Meyer como um modo de incentivar a leitura, justamente por esta ser clara e facilmente “digerível”, é notável que ela também seja útil levando em conta que é o início, o qual levará a buscas por textos mais complexos como os dos cânones literários.
Além disso, muitos estudantes, de todas as idades, ao ler um livro e se encantar com sua história, irão querer recomendá-lo a outros. Para tal a pessoa terá que ter feito uma análise crítica a respeito do que leu e colocá-la em palavras, interagindo, se expressando e motivando à leitura, mesmo que esta não seja considerada literária.
O encantamento, citado acima, por vezes, não leva apenas à recomendação da obra, mas pode também, como foi o caso de uma estudante do 2º ano do curso de formação de professores de Francisco Beltrão – PR, inspirar ao ponto de conduzir o leitor à produção de seus próprios escritos, sendo eles textos, poesias ou simplesmente frases.
Entretanto, muitas vezes, os bestsellers têm suas histórias acusadas de “nada exigir” do leitor, justamente por sua leitura fácil, considerada apenas para entretenimento, como diz Harold Bloom, crítico literário estadunidense: “É um fenômeno de mercado. A maior parte dos livros para crianças à venda nas livrarias é idiota, não serve para nada, muito menos para suprir a necessidade de leitura de uma criança ou do leitor de qualquer faixa etária. Livros estão sendo confeccionados para vender e se tornar sucessos no cinema e na televisão. [...]”.
Refletindo sobre o ponto de vista de Harold Bloom, chega-se à conclusão de que, de certo modo, ele obviamente tem razão. Porém esses livros, vistos como idiotas, têm grande influência na vida de adolescentes e crianças, pois incentivam à leitura, como já explicado, e podem levar à futura escolha mais refinada. Considerando-se também que a leitura de livros não-literários é feita por prazer não apenas por necessidade, podendo, em determinadas situações, o livro tornar-se mais atrativo do que aparelhos digitais e internet.
Enfim, as opiniões variam, é claro. Os cânones são muito mais recomendados por sua complexidade e pela necessidade de percepção para captar os detalhes, mas também é importante considerar a leitura de massa como parte da formação de leitores. Apesar de sua composição inferior, é ótima ferramenta no incentivo à leitura de tantas pessoas, que quase não têm esse tão saudável hábito de ler, mas que podem vir a adquiri-lo conforme leem mais livros.
Luana Kramin Martins, acadêmica do curso de Letras da UTFPR campus Pato Branco.
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ResponderExcluireu chei normal
ResponderExcluirnao tem a importancia
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirSERVE PARA NADA ESSE SITE
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