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terça-feira, 28 de maio de 2013

O ABORTO E SUAS DUAS FACES




             
A legalização do aborto é um tema que gera muita polêmica. Não é difícil encontrar pessoas que vivem em um mesmo ambiente e possuem opiniões completamente diversas.
             
A verdade é que encontrar um meio termo é praticamente impossível, o que dificulta um consenso. As opiniões são extremas e a minha é a de que o aborto deve ser legalizado.
            
Muitas grávidas desejam fazer o aborto. As circunstâncias são variadas e os procedimentos ilegais apresentam um enorme risco à vida da mulher.
             
Adolescentes que engravidam e não possuem condições de criar um filho, mulheres que sofrem violência sexual e não desejam ter um filho do violentador, mães que já possuem muitos filhos e acabam largando-os à marginalização por falta de meios para cuidar de mais crianças. Esses são os principais fatos que me motivam a afirmar que o aborto deve ser legalizado.
             
Há quem diga o contrário. Segundo alguns religiosos o feto possui alma. Uma alma que equivale à alma de qualquer outra pessoa que já tenha nascido. Para eles, a punição para quem aborta deveria ser equivalente à punição para assassinatos.
            
O fato é que biólogos argumentam que o feto em suas primeiras semanas de vida é tão primitivo que não há nenhuma possibilidade de que nele exista consciência ou qualquer atividade mental. Nesse caso, afirmar que o aborto é crime não é uma possibilidade.
             
Concordo com o fato de que deveria haver a prevenção de todos os casos de gravidez indesejada, mas nem sempre isso é possível. Na violência sexual, por exemplo, é improvável que a mulher consiga preveni-la usando anticoncepcionais como a camisinha.
            
No final das contas, o aborto é uma solução existente e que deve ser aplicada em alguns casos. Mulheres devem ter o direito de decidir se desejam ou não realizar tão procedimento. Quem sofrerá as consequências de um filho indesejado não são os religiosos nem os cidadãos que são contra a legalização do aborto, mas sim a mulher.

Iara Zardo, acadêmica do curso de Letras-Português/Inglês da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) campus Pato Branco.

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