A legalização do aborto é um tema
que gera muita polêmica. Não é difícil encontrar pessoas que vivem em um mesmo
ambiente e possuem opiniões completamente diversas.
A verdade é que encontrar um meio
termo é praticamente impossível, o que dificulta um consenso. As opiniões são
extremas e a minha é a de que o aborto deve ser legalizado.
Muitas grávidas desejam fazer o
aborto. As circunstâncias são variadas e os procedimentos ilegais apresentam um
enorme risco à vida da mulher.
Adolescentes que engravidam e não
possuem condições de criar um filho, mulheres que sofrem violência sexual e não
desejam ter um filho do violentador, mães que já possuem muitos filhos e acabam
largando-os à marginalização por falta de meios para cuidar de mais crianças.
Esses são os principais fatos que me motivam a afirmar que o aborto deve ser
legalizado.
Há quem diga o contrário. Segundo
alguns religiosos o feto possui alma. Uma alma que equivale à alma de qualquer
outra pessoa que já tenha nascido. Para eles, a punição para quem aborta
deveria ser equivalente à punição para assassinatos.
O fato é que biólogos argumentam que
o feto em suas primeiras semanas de vida é tão primitivo que não há nenhuma
possibilidade de que nele exista consciência ou qualquer atividade mental. Nesse
caso, afirmar que o aborto é crime não é uma possibilidade.
Concordo com o fato de que deveria
haver a prevenção de todos os casos de gravidez indesejada, mas nem sempre isso
é possível. Na violência sexual, por exemplo, é improvável que a mulher consiga
preveni-la usando anticoncepcionais como a camisinha.
No final das contas, o aborto é uma
solução existente e que deve ser aplicada em alguns casos. Mulheres devem ter o
direito de decidir se desejam ou não realizar tão procedimento. Quem sofrerá as
consequências de um filho indesejado não são os religiosos nem os cidadãos que
são contra a legalização do aborto, mas sim a mulher.
Iara Zardo, acadêmica do curso de Letras-Português/Inglês da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) campus Pato Branco.
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