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terça-feira, 28 de maio de 2013

O LUGAR DA MÃE NO SÉCULO XXI



A sociedade atual, com suas mudanças e inovações, fez com que algumas mulheres saíssem de sua “zona de conforto” e avançassem em busca do até então desconhecido mercado de trabalho. Mas esta mudança foi benéfica? 

Apesar de a mulher ficar fora de casa o dia todo, em alguns lares, ainda é dela a responsabilidade de manter a organização, compras de mercado, o acompanhamento dos filhos nas escolas, ou seja, a maioria acaba trabalhando em dupla jornada para poder dar conta de suas obrigações. 

Isso ocorre algumas vezes por falta de compreensão dos integrantes da família, mas, em sua maioria porque a mulher ainda não se desvencilhou da responsabilidade pela organização da casa e da família, acabando por segurar tudo para si e realizando suas tarefas com excelência. 

Já no mercado de trabalho atual, a mulher consegue colaborar, tanto quanto o homem, desempenhando as mais diversas funções. Isso porque possui tantas qualidades quanto ele. 

O fato de elas geralmente terem sido envolvidas em trabalhos que comumente eram mais artesanais, faz com que algumas desempenhem um trabalho manual que dificilmente pode ser comparado ao do homem, por exemplo, em algumas linhas de montagem de produtos sensíveis, como cristais piezoelétricos, que necessitam de delicadeza e destreza manual. 

Outro diferencial é o fato de elas conseguirem realizar várias tarefas ao mesmo tempo, o que em muitos casos não é uma habilidade do sexo oposto.

Para algumas pessoas, o lugar da mulher é em casa como apontou um estudo realizado pela FEA-USP em 2010, que comprovou que trabalhadoras brasileiras com filhos pequenos têm em média um salário 27% menor que o de suas colegas sem filhos. Isso demonstra que no Brasil as mulheres ainda são vítimas de preconceito nas empresas, mesmo que elas tenham conseguido provar  que além de dar conta da casa e do trabalho, conseguem auxiliar para um crescimento econômico no lar, já que colaboram financeiramente. 

Outras pessoas pensam que a mãe longe de casa implica em filhos “jogados”. Porém um estudo realizado pela Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, acompanhou 1.364 mães durante 10 anos e comprovou que elas são mais felizes e saudáveis do que aquelas que ficam em casa. No Brasil uma pesquisa realizada pela psicóloga Cecília Russo Troiano com 500 crianças e jovens, sendo que metade eram filhos de mães que trabalham fora e metade de mães que não trabalham, indicou que os filhos de profissionais são ligeiramente mais felizes e demonstram ter mais orgulho das mães do que dos pais. A desculpa para a rebeldia também não tem necessariamente a ver com a mãe fora de casa e sim com o fato de ela tentar compensar a sua ausência com presentes e sem limites educativos.

Portanto, seja em casa ou trabalhando, o lugar da mulher é onde ela conseguir se equilibrar, com suas responsabilidades e cobranças, mas principalmente é onde ela se sentir realiz
ada.


Ivonete Dias, acadêmica do curso de Letras da UTFPR campus Pato Branco.

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