Diante da
fantástica capacidade do ser humano em criar coisas novas e originais, surge
também um ato imoral de compra e venda da intelectualidade denominado plágio. O
plágio é considerado crime e, para que esta prática não se alastre em meio
acadêmico, é função das universidades a fiscalização das obras produzidas.
É comum atualmente encontrarmos na internet
diversos sites sobre trabal
hos acadêmicos prontos para a venda. O comércio de
monografias, dissertações e teses é primeiramente um problema de ordem ética,
como denuncia matéria publicada na Folha de S.Paulo, em que os “empresários” se
identificam como ex-professores universitários, advogados e juízes aposentados.
No plágio acadêmico, o aluno nem sempre pode
ser o plagiário mas também a vítima, como no caso polêmico do britânico Tony Blair,
que plagiou partes de uma tese do estudante americano Ibrahin Al-Marashi. Seu
relatório “dossiê de inteligência” a respeito do Iraque foi analisado e nele
foram descobertos até erros gramaticais da tese titular do aluno.
Muitas universidades norte-americanas já adotaram
um sistema de proteção contra o plágio utilizando a internet. Sites como o
Google e o Turnitin auxiliam os professores universitários a detectar obras
suspeitas de serem plagiárias.
As instituições universitárias não dispõem
de recursos eficazes para controlar e fiscalizar as obras produzidas, por isso
deve-se fazer o registro de tais obras em órgãos competentes como a LDA (Lei
dos Direitos Autorais).
Mesmo assim, a prevenção é dever das
universidades, através da informação sobre o assunto e dos esclarecimentos
sobre como proceder à elaboração de um trabalho acadêmico. A fiscalização pela
própria instituição consiste literalmente em “cortar o mal pela raiz” a fim de
que seus membros docentes e discentes atuem de forma ética na sua formação.
Por fim devemos ter consciência de que
praticar ou ser favorável com o plágio acadêmico é o mesmo que desvalorizar a
criatividade e a pesquisa científica. A universidade deve proteger aquilo que
ela mesma incentiva e promove, repelindo energicamente a prática do plágio.
Aline Pimentel e Juliana Balansin, acadêmicas do curso de Letras da UTFPR campus Pato Branco
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