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quarta-feira, 22 de maio de 2013

PARA ONDE CAMINHA A ÉTICA ACADÊMICA?



Diante da fantástica capacidade do ser humano em criar coisas novas e originais, surge também um ato imoral de compra e venda da intelectualidade denominado plágio. O plágio é considerado crime e, para que esta prática não se alastre em meio acadêmico, é função das universidades a fiscalização das obras produzidas.

É comum atualmente encontrarmos na internet diversos sites sobre trabal
hos acadêmicos prontos para a venda. O comércio de monografias, dissertações e teses é primeiramente um problema de ordem ética, como denuncia matéria publicada na Folha de S.Paulo, em que os “empresários” se identificam como ex-professores universitários, advogados e juízes aposentados.

No plágio acadêmico, o aluno nem sempre pode ser o plagiário mas também a vítima,  como no caso polêmico do britânico Tony Blair, que plagiou partes de uma tese do estudante americano Ibrahin Al-Marashi. Seu relatório “dossiê de inteligência” a respeito do Iraque foi analisado e nele foram descobertos até erros gramaticais da tese titular do aluno.

Muitas universidades norte-americanas já adotaram um sistema de proteção contra o plágio utilizando a internet. Sites como o Google e o Turnitin auxiliam os professores universitários a detectar obras suspeitas de serem plagiárias.

As instituições universitárias não dispõem de recursos eficazes para controlar e fiscalizar as obras produzidas, por isso deve-se fazer o registro de tais obras em órgãos competentes como a LDA (Lei dos Direitos Autorais).

Mesmo assim, a prevenção é dever das universidades, através da informação sobre o assunto e dos esclarecimentos sobre como proceder à elaboração de um trabalho acadêmico. A fiscalização pela própria instituição consiste literalmente em “cortar o mal pela raiz” a fim de que seus membros docentes e discentes atuem de forma ética na sua formação.

Por fim devemos ter consciência de que praticar ou ser favorável com o plágio acadêmico é o mesmo que desvalorizar a criatividade e a pesquisa científica. A universidade deve proteger aquilo que ela mesma incentiva e promove, repelindo energicamente a prática do plágio.

Aline Pimentel e Juliana Balansin, acadêmicas do curso de Letras da UTFPR campus Pato Branco 

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