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segunda-feira, 18 de julho de 2016

A REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL: INFORTÚNIO PARA OS JOVENS


É de conhecimento geral que muitos jovens menores de idade vivem em situações precárias nas ruas e que não tem uma educação adequada, por isso roubam, matam e cometem outros crimes. Em encontro a isso está sendo votada a redução da idade penal, que atualmente é 18 para 16 anos, com o intuito de diminuir as incidências criminais. No entanto, a lei que serviria para prender menores de idade não ajudará a reduzir o problema, mas fará com que eles saiam da prisão ainda mais agressivos.
Segundo um estudo feito pela Unicef, em estimativas com base em relatórios da violência divulgados pelo governo e por estudiosos entre 2002 e 2012, em que mostra 2,8% dos assassinatos cometidos por menores, sendo que apenas 1% deles são cometidos por jovens entre 16 e 17 anos indicando um número muito baixo de homicídios nesta faixa etária. A porcentagem mostra que não o problema não está nessa parcela da população e a redução da maioridade penal seria ineficiente, já que não atinge a maioria responsável pelas infrações.
Além disso, a presidente da fundação casa, Berenice Giannella, diz que o retorno dos jovem para sociedade depois de passar pelo sistema prisional é muito mais difícil do que se ele for para um centro de sócio educação. Berenice Giannella tem uma vasta experiência com a ressocialização de jovens com histórico criminal. O relato dela demonstra que a prisão não é o melhor caminho para a inserção do jovem no meio social depois de ter cometido um crime. Ela acrescenta que o índice de reincidência dos jovens que passam pela fundação casa é de 15%, número considerado baixo por ela.
            Ademais, já existe uma lei que atribui aos jovens as consequências de suas ações. O estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), tem o dever de aplicar medidas socioeducativas no intuito de melhorar a educação do menor infrator. É fundamental fazer com que isso seja cumprido, afirma Antônio Funari Filho, Presidente da Comissão de Justiça e Paz de São Paulo. Como dito anteriormente, a ressocialização de um jovem que recebe medidas socioeducativas é facilitado, pois o lado social é trabalhado juntamente com a educação.
Apesar de tudo o promotor Fabio José Bueno, da Justiça do Departamento da Infância e Juventude, relata que os jovens praticam os atos infracionais pois não são punidos na medida certa. A pena tem função de intimidação e a medida socioeducativa não tem. É importante saber que o crime não compensa, que haverá uma pena, uma punição. Entretanto, os 15 % de reincidência citados por Giannella demonstram que a educação dos jovens tem muita força no que diz respeito aos seus crimes, pois 85% dos que recebe medidas socioeducativas não voltam a cometê-los.
Portanto, a redução da maioridade penal não seria uma forma ideal para ensinar os jovens a melhorar. Dados estatísticos, relatos de especialistas no assunto até mesmo o estatuto do adolescente mostram que o problema não está na faixa etária tratada pela lei e que a prisão não é a melhor maneira de repreende-los. A socioeducação parece ser a melhor forma para tratar jovens infratores, umas vez que não estão preparados para o sistema prisional Brasileiro.


Willi,  aluno do segundo ano do Ensino Médio do Colégio Estadual La Salle, na cidade de Pato Branco, no ano de 2015.

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