O sistema Cantareira, que é
responsável pelo abastecimento de água da grande São Paulo, está sofrendo com
uma seca desde junho de 2014. Diante disso, parece que o governo paulista e os
órgãos governamentais ligados gerenciamento dos recursos hídricos não quis ou
não se importou com o que isso poderia causar, já que a água e um dos recursos
mais importante para a vida.
No entanto, em 2009 um
estudo planejado pelo governador José Serra, foi elaborado pela Secretaria
Estadual do Meio Ambiente e foi realizado por mais de 200 especialistas, esse
estudo mostrou que o sistema Cantareira poderia sofrer com futuras crises
hídricas, mas não foi tomada nenhuma medida de imediato. Isso mostra a descaso
com a população paulista, uma vez que há cinco anos já havia indícios de uma
possível seca.
Além disso, apenas em 2015 o
poder público paulista junto com a Companhia
de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), resolveu tomar a
iniciativa de desviar a água do Paraíba do Sul para o sistema Cantareira. Uma
obra que só deverá ficar pronta em 2017, três anos após a primeira crise
hídrica. Cabe ressaltar que três anos é muito tempo para uma população tão
grande sofrer com o racionamento de água.
Ademais, foi decidido que a
reunião que definirá uma nova maneira de manusear os recursos hídricos havia
sido marcada para março de 2014, mas foi adiada por causa da estiagem para
dezembro de 2015, no entanto só acontecera em 2017. Essa reunião contará com a
presença de Agência Nacional de Águas (ANA), Departamento de Águas e Elétrica
(DAEE) e o governador Geraldo Alckmin, sendo que a Sabesp foi quem reivindicou
a reunião. Percebe-se assim que por parte da DAEE, ANA e do governador não há
muita pressa para resolver o grave problema da crise hídrica.
No entanto, em um debate
concedido à Rede Globo para as eleições de governador do estado de São Paulo de
2014, Geraldo Alckmin disse que não haveria racionamento de água. Além do mais,
afirmou que todas as medidas haviam sido tomadas para que São Paulo pudesse
enfrentar outra crise hídrica. Todavia, no final do ano. Quando já estava
reeleito, o governador decidiu começar a cobrar uma taxa para quem não
diminuísse o consumo de água na cidade. Constata-se que o governador não
cumpriu o que havia prometido, mostrando mais uma vez o descaso com que trata
os paulistanos.
Nessa perspectiva, a crise
hídrica do estado de São Paulo tem como causa o mal planejamento do governo e
dos órgãos governamentais paulistas. Fica claro que não houve grande
preocupação em tomar as providências necessárias para tentar evitar uma futura
crise hídrica. É impossível que o governo paulista não seja tão incompetente,
para tomar uma atitude que diminua os efeitos da seca, já que a água e tão
importante para a população.
João, aluno do segundo ano do Ensino Médio do Colégio Estadual La Salle, na cidade de Pato Branco - Paraná, no ano de 2015.
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