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domingo, 11 de março de 2018

A MULHER E A DISPARIDADE DE SALÁRIO


A mulher deve e pode ter o direito de receber o mesmo salário que os homens. Pois, além de estar inserida numa sociedade patriarcal na qual ainda é vista como "sexo frágil" e com isso ela recebe menos que os homens. No entanto, exercem as mesmas funções e permanecem na luta pela igualdade salarial.
Inserida em uma sociedade que ainda possui padrões antigos, em que tem-se a visão que o homem é o responsável pelo sustento familiar, a mulher precisa cada vez mais lutar pela igualdade salarial. Ela pode mostrar a sociedade que tem força e capacidade não só de sustentar a família, mas também de estar a frente de empresas e assim, ser respeitada por todos.
Essa disparidade de salário entre homens e mulheres pode ser vista por meio de diversas pesquisas. Uma delas é a pesquisa do IBGE (2005-2015) na qual, afirma que as mulheres ganham cerca de 68% a menos que os homens, mesmo exercendo trabalhos semelhantes, inclusive com carga horária mais elevada.
Na medida em que as mulheres ganham menos que os homens a pesquisa da Catho divulgada em 2017, também mostra a injustiça com a participação feminina empresarial. Cerca de 13 mil profissionais responderam a pesquisa e os índices mostraram que as empresas pagam menos para as mulheres em todos os cargos de atuação.
Em contraste com as lutas para uma igualdade salarial e esses números alarmantes, é imprescindível citar o deputado federal Jair Bolsonaro (PP – RJ) que em uma entrevista para o jornal gaúcho Zero Hora, afirmou que as mulheres devem receber menos que os homens porque engravidam. Segundo ele, a mulher causa perda de produtividade ao empresário, visto que, quando ela engravida trabalha somente cinco meses no ano.
Porém, a lei Lei Nº 9.029/95 afirma que a gestação, mesmo no início, não deve ser vista como uma negativa admissão. Com isso, o discurso do deputado federal torna-se irrelevante, uma vez que, o poderio maior está na lei. Negar uma vaga de emprego a uma mulher, justificando que ela pode engravidar é ir contra a própria constituição. Isso faz, com que a mulher seja impedida de se desenvolver no mercado de trabalho e exigir os mesmos direitos salariais que os homens. E mais, é ir contra a própria natureza biológica dela.
Logo, a mulher além de estar inserida em uma sociedade patriarcal, receber salários menores que os homens, e ainda ser vista como um atrapalho para o crescimento empresarial quando o assunto é maternidade ela ainda é intimidada. Continuar buscando cada vez mais a igualdade salarial, faz com que as mulheres aumentem sua participação na economia. Elas exercem as mesmas funções que os homens, e embora “trabalhem cinco meses” quando grávidas, não significa que não sejam aptas para exercer a função e garantir a igualdade salarial.

Marieli - acadêmica do curso de Letras da UTFPR campus Pato Branco.

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