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domingo, 11 de março de 2018

DEIXAR UMA CRIANÇA NASCER NÃO É O SUFICIENTE.

WASHINGTON JUNE 27:  Pro-life and pro-choice activists await the Supreme Courtâ??s ruling on abortion access in front of the Supreme Court in Washington, DC on June 27, 2016


O aborto é um assunto muito discutido e causa muita polêmica no Brasil. Um dos maiores motivos para isso, é o fato de não ser legalizado no país. O assunto já foi muito repercutido em diversos meios de comunicação como jornais, televisões e revistas. No entanto as opiniões variam pois existem pessoas com religiões, formações, valores e princípios diferentes. O aborto deveria ser legalizado devido ao alto índice de mortes maternas, pela falta de condições, recursos financeiros e amparos psicológicos que alguns países não conseguem oferecer para a criança.
Mesmo com tantas divergências de pontos de vistas, países como Uruguai, Guiana, Porto Rico e Cuba, o aborto é legalizado sem justificativa, até a 12ª semana de gestação. Na França, na qual também é legalizado, a taxa de mortalidade, segundo o site Carta Capital, é de menos de uma morte por ano, e ainda, no mesmo site, o Brasil aparece com uma morte a cada dois dias. Portanto, a proibição do aborto não vem se mostrando eficaz quando se fala em diminuir mortes maternas.
Além da morte materna, existem muitos casos de crianças abandonadas pelos pais logo após o seu nascimento, sem condições adequadas de alimentação, educação, saúde e apoio emocional.  Em muitos casos, depois que crescem, essas crianças viram adultos revoltados e se autodestroem entrando no mundo das drogas ou descontam na sociedade aumentando o índice de violência nas cidades. Além disso, crianças adotadas, dos mais de 2.600 instituições de abrigo, segundo o site do Senado, mesmo depois de acolhidas por uma família, passam o resto das suas vidas com a sensação de abandono portanto precisam de tratamentos psicológicos.
Segundo Guillermo Cartasso, presidente da Fundação Latina, o aborto é um tema institucional de direitos humanos e desde o momento da fecundação o feto é um ser distinto da mãe e está protegido pela constituição. Entretanto, segundo estudos da faculdade Royal College of Obstetricians and Gynaecologists, até a vigésima quarta semana o feto não sente dor e não desenvolveu nenhum tipo de consciência, nesse contexto o feto não sofre durante o procedimento e não pode ser considerado um cidadão formado ainda. 
Por isso, o aborto devia ser legalizado. Assim, o índice de mulheres que morrem em clínicas clandestinas diminuiria proporcionalmente com casos de crianças que sofrem na sociedade. Ter um filho é saber e ter maturidade suficiente para dar amor, afeto, carinho e uma vida humana digna. Pais que não possuem preparo psicológico, financeiro ou simplesmente não querem ter um filho deviam ser apoiados na decisão de não ter.



Claudia Delfe, acadêmica do curso de Letras da UTFPR campus Pato Branco.

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